sábado, 9 de novembro de 2013

TDAH

Os sintomas e o diagnóstico da hiperatividade


O Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Psiquiátricos, conhecido como DSM-IV (sigla em inglês), apresenta um conjunto de critérios detalhados e bastante complicados para diagnosticar o TDAH. O DSM-IV lista duas categorias diferentes de possíveis sintomas. A categoria A inclui nove sintomas sob o título de Desatenção. A categoria B também inclui nove sinais de Hiperatividade-Impulsividade. Para serem utilizados em um diagnóstico, os sintomas em questão devem "estar presentes por pelo menos seis meses em um grau que é prejudicial e inapropriado para o nível de desenvolvimento" [fonte: CDC (em inglês)]. Os indícios de desatenção incluem dificuldade para ouvir instruções e organizar, além de parecer distraído e ser esquecido. As pessoas que são hiperativas ou impulsivas podem falar ou gritar em momentos inapropriados e atrapalhar os outros.

Crianças hiperativas podem ter dificuldade em se manterem paradas.
© istockphoto.com / Mariya Bibikova
Crianças hiperativas podem ter dificuldade em se manterem paradas
Existem três tipos de diagnósticos possíveis para o TDAH. Os nomes diferentes refletem a natureza dos sintomas do paciente. TDAH, Tipo Predominantemente Desatento significa que o paciente apresentou sintomas da categoria A por seis meses. TDAH, Tipo Predominantemente Hiperativo-Impulsivo se refere a pacientes que apresentaram indícios da categoria B por seis meses. Por fim, TDAH, Tipo Combinado é para pessoas que apresentaram sinais das duas categorias por seis meses.


Vamos dar uma olhada de perto nos tipos de TDAH e nos sintomas associados a cada um deles. Uma criança do Tipo Predominantemente Desatento pode ter dificuldade para finalizar tarefas, prestar atenção em instruções e manter o foco na sala de aula. Ela também pode parecer cansada ou sonhadora com frequência. Essa variação pode ser mais difícil de ser reconhecida, porque os sinais são menos evidentes do que os de outro tipo. Geralmente esse não é o caso de crianças do Tipo Predominantemente Hiperativo-Impulsivo, que costumam apresentar energia constante, não conseguem permanecer paradas e precisam ficar ativas o tempo todo. Crianças impulsivas não controlam ou pensam sobre suas ações ou declarações. Aparentemente, irão fazer coisas sem pensar, como realizar comentários inapropriados. Uma pessoa do Tipo Combinado de TDAH pode apresentar qualquer um dos sintomas mencionados acima.
O diagnóstico geralmente é realizado por um pediatra, neurologista, psicólogo ou psiquiatra. Professores, que trabalham próximo de várias crianças e que provavelmente têm experiência em lidar com TDAH, costumam auxiliar na descoberta de casos prováveis do transtorno. Eles podem ajudar a monitorar os jovens e discutir questões em potencial com os pais. Muitas escolas também exigem que os professores preencham formulários de avaliação, que podem ser examinados por um profissional que realiza o diagnóstico da doença.
Além de pedir informações para professores e pais, o responsável pelo diagnóstico pode observar o comportamento da criança durante situações que exijam controle e disciplina. O médico verá como os comportamentos prejudiciais afetam a vida e os relacionamentos da criança, quando eles ocorrem, há quanto tempo os problemas estão presentes, outros fatores complexos (como outros problemas associados) e a situação em casa. Embora vários tipos de mapeamentos cerebrais e ressonância magnética tenham sido utilizados no estudo do TDAH, os especialistas não usam essas técnicas no diagnóstico do problema. Quando uma criança é diagnosticada, ela geralmente recebe tratamento e depois é reavaliada e monitorada durante os anos.
O TDAH pode ser diagnosticado de forma errada porque muitas crianças apresentam alguns dos sintomas do transtorno, embora não possuam realmente a doença. De maneira semelhante, os indícios podem ser causados por outro distúrbio ou por um problema pessoal ou social. Os vários tipos de TDAH também podem fazer com que alguém interprete errado ou não perceba os sintomas. Uma criança impulsiva, incontrolável e hiperativa irá atrair mais atenção do que uma que é quieta, distraída e distante, embora as duas possam estar sofrendo de déficit de atenção e hiperatividade.
Os sintomas de uma criança podem aparecer apenas em alguns ambientes, como quando ela está na escola. Neste caso, pode não ser TDAH. O National Institute of Mental Health (Instituto Nacional de Saúde Mental) declara que os sintomas devem afetar negativamente a vida em mais de um ambiente para serem considerados hiperatividade.

http://saude.hsw.uol.com.br/hiperatividade2.htm


TDAH em adultos e problemas relacionados


Muitas crianças com TDAH apresentam outros problemas, alguns moderados e tratáveis, outros mais graves. Pessoas com o transtorno apresentam um nível mais elevado de dependência de substância e são mais suscetíveis a sofrer ferimentos, particularmente como um resultado da hiperatividade ou comportamento desatento. Uma pequena porcentagem de casos da doença em adultos é acompanhada pela síndrome de Tourette. Já nas crianças, de 33% a 50% apresentam transtorno desafiador de oposição [fonte: NIMH (em inglês)]. Mais comum entre meninos do que meninas, ele é caracterizado por uma atitude argumentativa, difícil e incontrolável.

O transtorno de conduta é encontrado em 40% dos jovens com TDAH. O Instituto Nacional de Saúde Mental afirma que esse é um problema muito importante e que gera comportamentos potencialmente perigosos, em que as crianças podem brigar, mentir, roubar ou realizar outras ações arriscadas ou ilegais [fonte: NIMH (em inglês)].



acidentes de carro
© istockphoto.com / Milan Klusacek
Adolescentes com TDAH estão mais propensos a se envolverem em acidentes de carro

Crianças com TDAH muitas vezes têm problemas na escola, uma situação que é ainda pior para os 20% a 30% que apresentam um problema de aprendizagem, como dislexia ou dificuldade de se expressar [fonte: NIMH (em inglês)]. O estresse de lidar com esses e outros problemas relacionados com o transtorno pode incentivar o desenvolvimento de ansiedade e depressão, embora um tratamento apropriado possa ajudar a evitar isso. Algumas pessoas que sofrem de TDAH também apresentam transtorno bipolar. Ambas podem apresentar sintomas parecidos.



O TDAH e os sintomas relacionados não desaparecem simplesmente quando a criança se torna adolescente. É durante essa fase que os problemas causados pelo transtorno podem criar as maiores dificuldades. Por exemplo, motoristas adolescentes com a doença têm muito mais probabilidade de se envolver em acidentes de carro [fonte: NIMH (em inglês)].

Muitas pessoas "se livram" do TDAH quando entram na fase adulta. Porém, até 70% dos que a tiveram quando crianças também apresentam o distúrbio na fase adulta [fonte: NIMH (em inglês)]. Cerca de 5 milhões de adultos nos E.U.A. podem sofrer com a doença, mas não foram diagnosticados [fonte: ADDitude (em inglês)]. Algumas dessas pessoas que não foram diagnosticadas podem suspeitar de que algo está errado ou atribuir os problemas a outras causas, que podem incluir dificuldade de concentração, vários acidentes de carro, depressão ou ansiedade.

Para diagnosticar o TDAH em adultos, os especialistas procuram por sinais de que os sintomas se desenvolveram cedo durante a infância e que não são manifestações de outros problemas. Assim como as crianças, eles recorrem a uma combinação de terapia e medicamentos para se tratar, embora tomem antidepressivos com mais frequência do que as crianças. Alguns adultos têm receio de confrontar o transtorno com o medo da maneira como o tratamento pode modificá-los. Eles também podem associar o TDAH que possuem à criatividade ou impulsos artísticos. Porém, existem vários testemunhos de pessoas diagnosticadas na fase adulta que receberam tratamento e perceberam uma melhora imensa nas suas vidas, principalmente na capacidade de organização e finalização de tarefas.

http://saude.hsw.uol.com.br/hiperatividade4.htm

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